"Não é bom sinal definirmos prazos de processos de abertura de capital", disse Pedro Nuno Santos no final da reunião do Conselho de Ministros, salientando que, apesar de haver "a definição de um objetivo [privatizar], "há ainda um trabalho que não foi iniciado".
Respondendo a uma questão sobre quando poderá arrancar o processo de privatização da companhia aérea, o ministro precisou que, ao contrário do que às vezes ouve, "a privatização da TAP esteve sempre em cima da mesa, não é nenhuma novidade".
"Ao contrário do que muitos fazem questão de dizer [a reprivatização] esteve sempre em cima da mesa desde o primeiro momento em que intervencionámos a TAP em 2020. Nunca foi objetivo do Governo portuguesa ter 100% da companhia aérea", vincou, sublinhando que desde "a primeira hora" referiu haver um objetivo claro de que a TAP viesse a integrar um grande grupo de aviação.
Sobre os resultados da empresa - apresentados esta quarta-feira, reportando lucros de 111,3 milhões de euros no terceiro trimestre - o ministro salientou a relevância destes.
"É relaxante sabermos que a companhia aérea, em que poucos depositam esperança, tenha dado no terceiro trimestre deste ano um lucro superior a 100 milhões de euros, o que nos dá perspetivas muito interessantes sobre o futuro da companhia que nega todas as declarações catastrofistas que tem sido feitas ao longo do tempo sobre a TAP", afirmou o governante.
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