A atividade em Portugal contribuiu com 159 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 25% relativamente ao período homólogo de 2021, refere em comunicado o banco detido pelo grupo CaixaBank.
O contributo da participação no angolano BFA foi de 102 milhões de euros (100 milhões em período homólogo de 2021) e o contributo do moçambicano BCI de 25 milhões de euros (14 milhões em período homólogo).
Quanto aos resultados do BPI entre janeiro e setembro, em Portugal, a margem financeira subiu 10% até setembro, face a setembro de 2021, para 374 milhões de euros, o que o banco justifica com o crescimento do volume de crédito e a refletir já a subida das taxas de mercado.
Já o produto bancário comercial cresceu, em termos homólogos, 9% para 614 milhões de euros.
As comissões líquidas aumentaram 7% para 204 milhões de euros, o que o BPI atribui ao "aumento das operações de crédito, das comissões associadas a contas, intermediação de seguros, vendas de fundos de investimento e seguros de capitalização".
O BPI indica que a carteira de crédito aumentou 7% para 28,9 milhões de euros, sendo que a carteira de crédito a empresas cresceu 4% para 10,9 milhões de euros e a carteira de crédito à habitação aumentou 10% para 14 milhões de euros.
Até setembro, os depósitos subiram 8% para 30,4 milhões de euros, com os depósitos dos clientes a representarem 71% do ativo e a constituírem a principal fonte de financiamento do banco.
Os custos de estrutura recorrentes aumentaram 3% para -334,8 milhões de euros.
Apesar da diminuição de 1% dos custos com pessoal, os gastos gerais administrativos aumentaram 4% e as depreciações e amortizações subiram 11%, "a refletir essencialmente o investimento realizado na transformação digital e obras em imóveis".
A instituição financeira detalha que o rácio de eficiência 'core' ('cost-to-income core') alcançou 52% em setembro (últimos 12 meses), "o que corresponde a uma descida de 2,2 p.p. em relação a 2021".
O BPI tem um rácio de 'non-performing exposures' (NPE, na sigla em inglês) de 1,4% e um rácio de 'non performing loans' de 1,7%.
Para fazer face a créditos problemáticos, até setembro o BPI registou imparidades de crédito líquidas de recuperações de 32 milhões de euros.
Este valor é o resultado da dotação de imparidades de 62 milhões de euros, a que se descontam três milhões de euros de recuperação de crédito e de 27 milhões de euros (antes de impostos) da venda de uma carteira de 141 milhões de euros de crédito não produtivo.
No final de setembro, o BPI tinha "4.460 colaboradores, um número que se manteve estável no terceiro trimestre", tendo a rede de distribuição totalizado "337 unidades comerciais, entre balcões (289), centros 'premier' (15), centros 'private banking' (3), balcão móvel (1) e centros de empresas e institucionais (29)".
[Notícia atualizada às 13h54]
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