Nos últimos dias, guineenses têm denunciado, nas rádios e nas redes sociais, que um saco do arroz de 50 quilogramas chega a ser vendido até 23 mil francos cfa (cerca de 35 euros) e que o açúcar "desapareceu do mercado".
Segundo as denúncias da população, os poucos comerciantes que ainda têm açúcar estão a vender o produto até 30 mil francos CFA (cerca de 45 euros) por cada saco de 50 quilogramas, quando o Governo fixou o preço em 27 mil (cerca de 41 euros).
O óleo alimentar, que era vendido a 750 francos CFA (1,14 euros) por cada litro, agora chega a custar o dobro de preço.
Para "atenuar a situação", o diretor-geral do Comércio, Lassana Fati, entende que o Governo deve intervir, numa operação que o próprio considera complicada.
"Tendo em conta a especificidade do nosso mercado, o Governo entendeu que deve interferir para fazer face a essa escassez de produtos da primeira necessidade, por isso, junto com os seus parceiros, o Governo pensa fazer uma importação de emergência", afirmou.
A operação, que Fati pensa estar concretizada "nos próximos dias", deve contar com o envolvimento do setor privado.
O Governo conta importar 60 mil toneladas do arroz, da espécie trinca 100% partido, conhecido na Guiné-Bissau por "nhelen perfumado", 30 mil toneladas de açúcar, entre 15 e 20 mil toneladas de farinha de trigo e sete milhões de litros de óleo alimentar.
"Pensamos que brevemente vamos conseguir abastecer o mercado com produtos de primeira necessidade", referiu o diretor-geral do Comércio guineense.
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