Os trabalhadores da empresa Metro Transportes do Sul iniciaram, na quarta-feira, três dias de greve total ao serviço, que termina hoje, para exigir a abertura de negociações, aumentos salariais, progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos.
A Metro Transportes do Sul (MTS) explora o Metro Sul do Tejo, sistema de transportes públicos fornecido através do denominado metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal.
"Os níveis são semelhantes aos de ontem [quinta-feira] e anteontem [quarta-feira]. Há dois a três veículos a circular com os quais conseguem fazer 10% dos serviços totais durante o dia", disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), Barata Domingues.
De acordo com o presidente do SMAQ, "os veículos que estão a operar estão a ser conduzidos por maquinistas não sindicalizados", em que, num universo de 80 a 90 trabalhadores, "são poucos" os não sindicalizados.
Já a empresa refere que, em média, foram efetuados 25% dos trajetos que estavam programados.
Segundo o dirigente sindical, até ao momento não houve qualquer sinal de abertura de negociações para "um Acordo de Empresa que vá ao encontro das justas reivindicações dos trabalhadores", garantindo que a estrutura sindical tem manifestado a intenção de negociar com a empresa.
Agora, após a paralisação, adiantou, vão aguardar durante "um período curto" por um contacto da empresa e,, caso não se venha a concretizar, os trabalhadores pretende continuar a luta.
Na quarta-feira, fonte da empresa afirmou que "a Metro Transportes do Sul procurou um acordo com o SMAQ que sempre se mostrou irredutível em negociar aumentos salariais".
Ainda segundo a MTS, foram mantidos "contactos e negociações com as restantes estruturas sindicais representadas na empresa, tendo já informado uma atualização salarial para 2023 que, no caso dos operadores de condução, implicará um acréscimo de 80 euros no salário base, a que corresponde um aumento de 9,6%, permitindo uma recuperação do poder de compra".
Convocada pelo SMAQ, a greve iniciou-se na terça-feira, mas nesse dia apenas à prestação de trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal e a todos os serviços com duração superior a oito horas.
De quarta-feira a sexta-feira (três dias consecutivos), a greve abrangeu "a prestação de todo e qualquer trabalho", durante todo o dia.
No sábado, a paralisação volta apenas a ser ao trabalho suplementar e a todos os serviços com duração superior a oito horas.
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