Na mesma nota, o grupo referiu que "o resultado líquido atribuível à Greenvolt cresce 241% para 16,8 milhões de euros no acumulado do ano, beneficiando do segmento de biomassa e o contributo positivo do segmento de 'utility scale'".
A empresa revelou ainda que as suas "receitas ascenderam a 195,2 milhões euros nos primeiros nove meses do ano (aumento de 134%)" e "o EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] ascendeu a 74,8 milhões, mais do que duplicando (+154%) face ao período homólogo".
A Greenvolt injetou na rede, no mesmo período, 775 gigawatts hora (GWh) gerados a partir de biomassa o que "corresponde a um aumento de 27% face à energia injetada no período homólogo".
Segundo o mesmo comunicado, "em termos acumulados, as receitas do segmento de biomassa e estrutura relativas aos primeiros nove meses totalizaram 147,3 milhões de euros, o que significa um aumento de 79% face ao mesmo período do ano anterior".
A empresa deu ainda conta da sua atividade no segmento de energia renovável fotovoltaica e eólica, recordando que "está presente no segmento mais a montante da cadeia de valor, onde a vantagem comparativa é maior".
Assim, "de forma a maximizar o valor gerado no desenvolvimento inicial dos projetos, a Greenvolt irá aumentar o seu esforço de investimento e prolongar o desenvolvimento de parte dos ativos em 'pipeline'", sendo que "do total do 'pipeline' desenvolvido, prevê-se que a maioria dos projetos serão vendidos, ficando a Greenvolt a deter apenas 20% a 30%".
De acordo com a mesma nota, "concretizando esta estratégia, a Greenvolt protagonizou no terceiro trimestre a primeira operação de rotação de ativos com a celebração do acordo de venda com a Iberdrola referente a um portfólio de ativos em construção na Polónia, com uma capacidade instalada de 98 MW entre eólica e solar e dos quais a Greenvolt detém 50% (através de uma 'joint-venture' com a KGAL, uma gestora de ativos alemã)".
De acordo com a Greenvolt, "esta operação já contribuiu positivamente para o EBITDA do terceiro trimestre com 13,8 milhões de euros, sendo o impacto restante reconhecido nos próximos trimestres, em função da evolução da construção dos parques e cumprimento das condições do contrato, usuais neste tipo de transações".
"Além do parque solar fotovoltaico Lions, com 45 MWp [megawatts pico] de capacidade em operação na Roménia, a Greenvolt detém cerca de 316 MWp em construção", destacou a empresa.
A Greenvolt lembrou que "está presente no segmento estratégico de geração renovável distribuída nos segmentos residencial", sendo que, neste segmento, "as receitas acumuladas desde o início do ano ascenderam a cerca de 25,6 milhões de euros, tendo o EBITDA sido negativo em cerca de 4,1 milhões de euros. O valor negativo de EBITDA reflete a fase de aceleração e expansão em que o segmento se encontra", garantiu.
O grupo recordou que durante o terceiro trimestre "reforçou o seu capital em 100 milhões de euros, consolidando a robustez da sua posição financeira e assegurando a cobertura das necessidades de financiamento previstas", tendo levantado "7,5 milhões de euros em papel comercial e recebeu o primeiro rating de dívida, atribuído pela EthiFinance, com uma classificação "investment grade", de BBB-, e Outlook Estável".
Por sua vez, "a dívida financeira líquida da Greenvolt no final de setembro ascendia a 232 milhões de euros, sendo que o valor em caixa e seus equivalentes era de 340,3 milhões de euros".
Para o futuro, a empresa está, entre outras coisas, ativamente à procura de oportunidades de expansão, no segmento da geração distribuída, "tanto na geração distribuída como no autoconsumo coletivo, para o resto do mercado europeu", indicou, sem mais detalhes.
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