"Serão promovidos os 'resorts' de grande escala de Macau para desenvolver projetos e produtos turísticos orientados para a saúde, de modo a contribuir para o desenvolvimento do turismo de saúde", disse a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U, na Assembleia Legislativa.
A responsável já tinha referido no sábado que esta era uma das condições exigidas às seis concessionárias de jogo a operar no território e que viram as licenças renovadas por dez anos.
"Exigimos às concorrentes que aumentassem e melhorassem a imagem de Macau como centro mundial de turismo e lazer, por meio da saúde e bem-estar, introduzissem atividades e projetos que possam fomentar produtos turísticos voltados para a saúde e também captar quadros qualificados em colaboração e intercâmbio com outras instituições internacionais", disse.
A aposta no setor 'big health' surge como uma das respostas do território à forte dependência de Macau da indústria do jogo que, desde o início da pandemia, com a política de "zero covid", acumulou prejuízos sem precedentes devido à queda do número de visitantes.
"No futuro, vamos ter o Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, e ainda a industria 'big health' desenvolvida pelos 'resorts', por isso, temos uma boa expectativa em relação a esta indústria", acrescentou a secretária.
O Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas vai entrar em funcionamento por fases "no fim do próximo ano", e ainda de acordo com Elsie Ao Ieong U, o Governo, "em colaboração com o Peking Union Medical College Hospital (PUMCH, Hospital da Faculdade de Medicina da União de Pequim), irá desenvolver o complexo num centro médico regional do Estado, por forma a prestar serviços de saúde de alto nível à população de Macau".
A lei que vai definir a gestão do novo hospital das Ilhas vai ser apreciada pela Assembleia Legislativa em dezembro, realçou a secretária.
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