"Estamos nesta altura a avaliar a melhor maneira de sair, em colaboração próxima com o Ministério das Minas e Hidrocarbonetos", confirmou uma porta-voz da ExxonMobil, depois de notícias da imprensa especializada que davam conta da saída completa do país.
A ExxonMobil reduziu a produção no campo Zafiro de 45 mil para 15 mil barris diários de petróleo, quando a água penetrou num dos navios de produção, e os analistas consideram que este será o primeiro passo para a petrolífera abandonar por completo a produção na Guiné Equatorial o terceiro maior produtor de petróleo na África subsaariana, depois de Angola e da Nigéria.
"É uma região muito cara onde as emissões de carbono também são um problema", comentou a analista Gail Anderson, da consultora Wood Mackenzie à agência de informação financeira Bloomberg, dando conta da probabilidade de a Guiné Equatorial perder um operador petrolífero de nível mundial.
A petrolífera opera também o campo Serpentina, mas a porta-voz escusou-se a confirmar se a produção será mantida ou também terminada neste poço de petróleo.
A saída da ExxonMobil, a confirmar-se, é uma má notícia não só para a Guiné Equatorial, mas também para o continente africano, cujos líderes têm defendido a necessidade de continuar a apostar nos combustíveis fósseis para financiar a transição energética para um modelo mais amigo do ambiente e com menos emissões nocivas à atmosfera.
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