O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, esta quinta-feira, aumentar as taxas de juro em 50 pontos base, o que significa um abrandamento face aos últimos acréscimos. Além disso, acrescenta que estas ainda terão de aumentar "de forma significativa a um ritmo constante" para que sejam atingidos os objetivos relativamente à inflação.
"O Conselho do BCE decidiu hoje aumentar as três taxas de juro diretoras do BCE em 50 pontos base e, com base na revisão em alta substancial das perspetivas quanto à inflação, espera continuar a aumentá‑las", pode ler-se no comunicado da instituição.
A instituição adianta ainda que "as taxas de juro ainda terão de aumentar de forma significativa a um ritmo constante, no sentido de serem atingidos níveis que sejam suficientemente restritivos para assegurar um retorno atempado da inflação ao objetivo de 2% a médio prazo".
"Manter as taxas de juro em níveis restritivos reduzirá, com o tempo, a inflação, ao refrear a procura, e protegerá também contra o risco de uma persistente deslocação, em sentido ascendente, das expectativas de inflação. As futuras decisões do Conselho do BCE sobre as taxas de juro diretoras continuarão a depender dos dados e a seguir uma abordagem reunião a reunião", diz o BCE.
Com este aumento, explica a instituição, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito serão aumentadas para, respetivamente, 2,50%, 2,75% e 2,00%, com efeitos a partir de 21 de dezembro de 2022.
We raised interest rates by 0.50 percentage points.
— European Central Bank (@ecb) December 15, 2022
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Desde julho, o BCE tem seguido uma linha de ajustamento monetário sem precedentes, aumentando as suas taxas em dois pontos percentuais no total, para tentar conter a subida dos preços, impulsionada pelos custos da energia, que dispararam depois de ter começado a guerra na Ucrânia.
A inflação na zona euro recuou um pouco em novembro, para 10% contra 10,6% no mês anterior, graças a uma moderação dos preços da energia.
[Notícia atualizada às 13h24]
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