Na base desta paralisação, que vai abranger, no total, cinco dias, está a falta de acordo com trabalhadores e empresa no que respeita ao Acordo de Empresa, a principal reivindicação dos trabalhadores, segundo o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ).
"Na sequência das ações de greve anteriores ocorridas nesta empresa, a fim de desbloquear o conflito, o SMAQ apresentou uma contraproposta negocial com o objetivo de se aproximar das posições da empresa. No entanto esta não foi aceite", lê-se num comunicado hoje divulgado.
Segundo o sindicato, a Metro Transportes do Sul (MTS), empresa que explora o Metro Sul do Tejo, "respondeu de forma demasiado vaga, sem um compromisso objetivo e sério quanto a datas em matéria de negociação de um Acordo de Empresa".
Afirmando que as propostas do SMAQ, "razoáveis e justas", não foram aceites pela empresa, a estrutura sindical afirma que "não resta aos trabalhadores outra alternativa do que a continuação das ações de luta que têm vindo a desenvolver".
Assim, entre as 00:00 do dia 29 de dezembro de 2022 (quinta-feira) e as 24:00 do dia 02 de janeiro de 2023 (segunda-feira), os trabalhadores representados pelo SMAQ, vão fazer greve ao trabalho suplementar e a todos os serviços com duração superior a oito horas.
Entre as 00:00 do dia 30 de dezembro de 2022 (sexta-feira) e as 24:00 do dia 01 de janeiro de 2023 (domingo), os trabalhadores encontram-se em greve à prestação de todo e qualquer trabalho.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores pretendem assim exigir a negociação efetiva de um Acordo de Empresa, a valorização salarial e melhores condições de trabalho.
Os trabalhadores do Metro Sul do Tejo já tinham feito greve entre os dias 15 e 19 de novembro.
O Metro Sul do Tejo, sistema de transportes públicos fornecido através do denominado metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal, é explorado pela empresa Metro Transportes do Sul (MTS).
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