Madrid vai avançar com um pedido especial em Bruxelas, prevendo a extensão da vigência do denominado regime de 'exceção ibérica' até 2024, mantendo o teto no preço do gás para a produção de eletricidade nos valores atuais, ou seja, entre 45 e 50 euros por MWh.
A informação foi avançada pela vice-presidente do Governo e ministra da Transição Ecológica e para o Desafio Demográfico, Teresa Ribera.
A medida está vigente em Espanha e em Portugal desde junho do ano passado e coloca um teto ao preço do gás para a produção de eletricidade, de forma a achatar o aumento do preço da luz que tem assolado a península e o mundo no último ano.
Atualmente, a medida tem o seu prazo de validade marcado para maio de 2023. Ainda assim, Espanha quer "continuar a beneficiar" do regime, explicou Ribera à rádio espanhola Antena 3, pelo menos até que se conclua uma reforma da regulação do mercado energético na Europa.
“Vamos apresentar à Comissão [Europeia] propostas de modernização do sistema elétrico, mas também o alargamento da exceção ibérica, para além de maio de 2023, até esta crise durar e até que o regulamento europeu não seja atualizado (…) gostaríamos que [o teto do preço do gás] ficasse no nível mais baixo possível, 45 ou 50 euros por MWh, e que se possa prolongar pelo menos até ao final de 2024", indicou.
Em junho de 2022, a Comissão Europeia aprovou o mecanismo temporário ibérico que coloca um limite ao preço de gás na produção de eletricidade até 2023, orçado em 8,4 mil milhões de euros, dos quais 2,1 mil milhões são destinados a Portugal.
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