BPF. Publicação de lista errada retirada no portal foi "lapso interno"
A presidente da comissão executiva do Banco Português de Fomento (BPF), Ana Carvalho, registou hoje que a publicação em setembro de uma lista de 13 sociedades de capital de risco no seu portal para o programa Consolidar, depois retirada, foi "lapso interno".
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"O que aconteceu foi que, entretanto, as equipas internas de comunicação do banco não tinham uma decisão -- porque o banco não a tinha --, mas começaram a testar no 'website' e no gestor de conteúdos do 'website' aquilo que iriam ter de publicar com urgência no dia em que fosse tomada uma decisão. E por lapso interno da equipa de comunicação, um lapso lamentável, mas que acontece infelizmente, aquilo foi publicado", explicou a administradora na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.
Na audição no parlamento convocada pela Iniciativa Liberal (IL), Ana Carvalho detalhou que a data da decisão preliminar foi no dia 21 de setembro e iniciou-se um período de cinco dias úteis para as sociedades candidatas se pronunciarem.
"Dependia deles. Nunca nenhuma decisão final podia ser tomada antes dos ditos cinco dias úteis", vincou.
A presidente da comissão executiva do BPF destacou que o período da pronúncia, até dia 29 de setembro, foi efetivo ao ponto de o banco ter mudado "uma decisão que tinha inicialmente tomado".
"A pronúncia foi de tal maneira efetiva que o banco até mudou uma decisão que tinha inicialmente tomado, porque ao ouvir um dos candidatos, percebeu que esse candidato estava disponível para aceitar um valor de investimento inferior àquele que tinha solicitado", disse a administradora, acrescentando que "nunca poderia haver uma decisão antes do dia 29, porque nunca antes do dia 29 tinha terminado o prazo da pronúncia".
"O que aconteceu é lamentável, peço desculpa em nome do banco, foi um lapso", concluiu Ana Carvalho.
O BPF anunciou em 29 de setembro que selecionou 14 das 33 candidaturas apresentadas no âmbito do programa Consolidar, com um investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência de 500 milhões de euros.
As candidaturas aprovadas são da ActiveCap, Core Capital, Crest Capital Partners, Draycott, ECS Capital, Fortitude Capital, Grosvenor, Growth Partners, HCapital Partners, Horizon Equity Partners, Inter-Risco, Oxy Capital, Portugal Ventures e Touro Capital Partners.
Posteriormente, o BPF precisou que a Grosvenor mudou de identidade, passando a designar-se 3XP Global.
O programa 'Consolidar' é um dos programas de investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) e visa promover o investimento em pequenas e médias empresas e 'mid caps' (empresas de média capitalização) impactadas pela pandemia de covid-19, mas economicamente viáveis. Este investimento pode ser realizado através de fundos de capital de risco geridos por intermediários financeiros.
Em 18 de fevereiro passado, o BPF anunciou que o programa recebeu 33 candidaturas, submetidas por sociedades de capital de risco e sociedades gestoras de capital de risco, no montante global superior a 1.300 milhões de euros de investimentos para a constituição de fundos de capital de risco com uma dotação agregada superior a 3.100 milhões de euros.
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