Segundo o presidente do SNQTB, Paulo Gonçalves Marques, o protesto visa "chamar a atenção para a indignidade da contraproposta do grupo negocial das instituições de crédito" que, perante a proposta do sindicato de aumentos de 6,25%, responderam "de forma indigna" com um valor de 2,5%.
"Esta proposta não tem em conta tudo aquilo que nós argumentámos, nomeadamente os ganhos de produtividade, a rendibilidade dos capitais próprios, os níveis de imparidades e as demais condições de exploração das empresas bancárias estão em níveis recorde pela positiva dos últimos 20 anos", afirmou Paulo Gonçalves Marcos à Lusa.
O presidente do sindicato disse não aceitar igualmente os aumentos propostos pelos bancos para 2022, de 1,1%, estando ainda em curso as negociações em sede da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
Em causa está também o facto de haver "cerca de 50 mil bancários que foram injustamente não abrangidos" pela medida do Governo de pagar meia pensão aos reformados.
As manifestações de hoje realizam-se em frente a instalações dos bancos BPI, Santander e Novo Banco.
Para o SNQTB, os valores propostos pelos bancos não cobrem "as expectativas de crescimento da inflação em 2023 e muito menos permite recuperar o que foi perdido em 2022".
Leia Também: Sindicatos bancários vão assinar acordo para meia pensão a reformados