Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,77%, o tecnológico Nasdaq perdeu 1,96% e o alargado S&P500 baixou 1,30%.
Um 'dilúvio' de resultados vai dominar a semana, designadamente, a partir de terça-feira, com Spotify, General Motors, McDonald's, UPS e Pfizer. Os das mega capitalizações, como os da Meta, estão previstos para quarta e no dia seguinte, depois do fecho, devem ser conhecidos os de Apple, Amazon e Alphabet. Com exceção da Amazon, que desvalorizou hoje 1,65%, os outros grandes nomes do setor recuaram entre dois e três por cento.
Até ao momento, "70% das empresas que já divulgaram as suas contas apresentaram resultados melhores do que previsto, ao contrário das suas previsões, que são lamentáveis, tal como as dos analistas, que também as reduziram fortemente", resumiu Hugh Johnson, da empresa de análise económica Hugh Johnson Economics, para a AFP.
Esta inquietação sobre a saúde das empresas a curto prazo vai de par, na sua opinião, "com o receio de a economia não se contrariar ou aterrar suavemente no primeiro ou segundo trimestre".
Por seu lado, Karl Haeling, do LBBW, realçou que esta semana, transbordante de anúncios de resultados empresariais, em particular no setor tecnológico, é "uma das mais preenchidas do ano, com 109 das 500 do S&P"500 a apresentarem os resultados dos seus desempenhos trimestrais.
Os investidores "querem sair das suas posições longas porque receiam más surpresas ou, simplesmente, as atribulações de um mercado volátil", apontou Haeling.
A praça, que começou em baixa, agravou as suas perdas com o anúncio da pequena subida da inflação em Espanha, em janeiro, ao contrário do que os investidores esperavam, destacou o analista do LBBW.
Esta subida, ao contrário da descida antecipada pelos investidores, "causou inquietação quanto à possibilidade de o Banco Central Europeu", que se reúne na quinta-feira, "subir a sua taxa de juro de referência em 50 pontos-base não só esta semana, mas também em março", disse Haeling.
O banco central dos EUA (Fed), que vai divulgar a sua decisão na quarta-feira, deve reduzir a amplitude da subida da sua taxa de juro de referência para 25 pontos-base, "algo que os investidores já interiorizaram", avançou Johnson.
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