Credit Suisse anuncia prejuízos de 7,4 mil milhões de euros em 2022

O banco Credit Suisse anunciou esta quinta-feira prejuízos de 7,3 mil milhões de francos suíços (7,4 mil milhões de euros) em 2022, acrescentando esperar uma "perda substancial" este ano devido aos custos de reestruturação.

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Lusa
09/02/2023 07:49 ‧ 09/02/2023 por Lusa

Economia

Credit Suisse

Esta foi o maior prejuízo desde a crise financeira de 2008, quando o Credit Suisse sofreu um prejuízo de mais de oito mil milhões de francos suíços (8,1 mil milhões de euros).

Só no último trimestre de 2022, o segundo maior banco suíço registou retiradas de capital de 110,5 mil milhões de francos suíços (112 mil milhões de euros), disse a instituição, num comunicado à imprensa.

Num ano de contínuos abalos, o Credit Suisse anunciou, em novembro, a saída do então chefe de 'compliance', Rafael Lopez, substituído pela executiva Nita Patel, responsável pela identificação de riscos empresariais e legais para o banco.

Em janeiro de 2022, o então presidente do banco António Horta Osório demitiu-se após ter sido divulgado que não tinha respeitado uma quarentena durante a pandemia da covid-19. Em abril, o vice-presidente Severin Schwann deixou o banco e em julho, foi a vez de Thomas Gottstein, até ali CEO da instituição.

No último trimestre de 2022, o Credit Suisse registou um prejuízo de quase 1,4 mil milhões de francos suíços (1,42 mil milhões de euros), menor do que se temia. Analistas disseram à agência de notícias suíça AWP esperavam uma perda média de 1,44 mil milhões de francos suíços.

Em novembro, o banco emitiu um alerta de lucro sobre menor atividade nos mercados de capitais, grandes retiradas de depósitos de clientes e despesas de reestruturação, sendo que estas podem chegar a 1,6 mil milhões de francos suíços (1,6 mil milhões de euros) em 2023 e mil milhões em 2024.

Mergulhado numa grave crise financeira e de imagem, o Credit Suisse anunciou, também em novembro, uma redução da força de trabalho no equivalente a nove mil empregos a tempo inteiro, o equivalente a 17% do número total de funcionários, como parte do plano de reestruturação e recuperação.

O objetivo é reduzir o número de efetivos do banco, sediado em Zurique, de 52 mil posições equivalentes a tempo inteiro para 43 mil até 2025, de acordo com o plano de reestruturação, que também inclui aumentos de capital e uma completa transformação do problemático negócio de banca de investimento.

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