O processo que levou à saída da ex-gestora Alexandra Reis da TAP, com direito a uma indemnização no valor de 500 mil euros, apresentou fortes irregularidades, segundo o projeto de parecer da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) a que a SIC Notícias teve acesso.
De acordo com a informação agora avançada pela estação televisiva, tanto a administração da companhia aérea, como a também ex-secretária de Estado do Tesouro foram já notificadas pela IGF para fazer o contraditório.
Recorde-se que, em fevereiro passado, a companhia aérea enviou um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a dar conta de que Alexandra Reis tinha renunciado ao cargo na administração.
Já no mês de dezembro, o Correio da Manhã noticiou que a secretária de Estado recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros da TAP por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos.
Recorde-se que esta polémica indemnização levou à saída de Alexandra Reis do Governo de António Costa. Isto depois de o ministro das Finanças, Fernando Medina, ter pedido a sua demissão, a qual foi "prontamente aceite" pela própria. A governante não chegou a estar mais de um mês no cargo.
O então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, viria depois a "assumir a responsabilidade política" por este caso, apresentando a sua demissão, que foi imediatamente aceite por António Costa. Hugo Santos Mendes, secretário de Estado das Infraestruturas, seguiu o exemplo do responsável máximo do Ministério.
[Notícia atualizada às 22h43]
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