Costa do Marfim e FMI perto de acordo para empréstimo de 2,46 mil milhões

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Governo da Costa do Marfim deverão chegar "nos próximos dias" a um acordo sobre um programa de ajuda mínimo de 2,46 mil milhões de euros, anunciou hoje a instituição em comunicado.

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Lusa
15/03/2023 19:19 ‧ 15/03/2023 por Lusa

Economia

FMI

O Fundo e o Governo já chegaram a acordo sobre as principais linhas do acordo relativas aos "objetivos e reformas" a alcançar, mas não especificaram ainda o montante da ajuda prevista que representará "pelo menos 300%" da quota da Costa do Marfim no FMI, ou seja, um mínimo de 2,6 mil milhões de dólares (2,46 mil milhões de euros).

Embora a economia marfinense tenha resistido à pandemia, sofreu, como a maioria dos países africanos, repercussões da invasão da Ucrânia pela Rússia e o aperto das políticas monetárias nos países avançados.

As medidas tomadas para "reduzir a pressão sobre os preços, o aumento das despesas de segurança e o desequilíbrio comercial, devido à procura interna, reforçaram os desequilíbrios macroeconómicos", refere a instituição em comunicado.

"As discussões centraram-se em como fortalecer o crescimento para preservar a estabilidade macroeconómica e criar espaço orçamental para apoiar as despesas sociais e as necessidades de investimento e segurança", disse Olaf Unteroberdoerster, chefe da missão do FMI na Costa do Marfim, citado no comunicado.

Este país da África Ocidental viu o seu PIB crescer 5,5% em 2022, segundo o Fundo, que estima uma melhoria este ano com um crescimento de 6,5%.

A inflação também foi mais baixa do que em outros países da região, chegando aos 5,5% no ano passado, e espera-se que desacelere para 4% este ano.

A Costa do Marfim lançou vários programas de investimento, nomeadamente no setor-chave do cacau, a fim de criar uma indústria transformadora, atividade realizada maioritariamente fora do país apesar de ser o maior produtor mundial. Quer também melhorar a sua produção agrícola a fim de aumentar as suas exportações para outros mercados africanos.

Leia Também: FMI em Bissau para avaliar programa de Facilidade de Crédito Alargado

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