O Fundo e o Governo já chegaram a acordo sobre as principais linhas do acordo relativas aos "objetivos e reformas" a alcançar, mas não especificaram ainda o montante da ajuda prevista que representará "pelo menos 300%" da quota da Costa do Marfim no FMI, ou seja, um mínimo de 2,6 mil milhões de dólares (2,46 mil milhões de euros).
Embora a economia marfinense tenha resistido à pandemia, sofreu, como a maioria dos países africanos, repercussões da invasão da Ucrânia pela Rússia e o aperto das políticas monetárias nos países avançados.
As medidas tomadas para "reduzir a pressão sobre os preços, o aumento das despesas de segurança e o desequilíbrio comercial, devido à procura interna, reforçaram os desequilíbrios macroeconómicos", refere a instituição em comunicado.
"As discussões centraram-se em como fortalecer o crescimento para preservar a estabilidade macroeconómica e criar espaço orçamental para apoiar as despesas sociais e as necessidades de investimento e segurança", disse Olaf Unteroberdoerster, chefe da missão do FMI na Costa do Marfim, citado no comunicado.
Este país da África Ocidental viu o seu PIB crescer 5,5% em 2022, segundo o Fundo, que estima uma melhoria este ano com um crescimento de 6,5%.
A inflação também foi mais baixa do que em outros países da região, chegando aos 5,5% no ano passado, e espera-se que desacelere para 4% este ano.
A Costa do Marfim lançou vários programas de investimento, nomeadamente no setor-chave do cacau, a fim de criar uma indústria transformadora, atividade realizada maioritariamente fora do país apesar de ser o maior produtor mundial. Quer também melhorar a sua produção agrícola a fim de aumentar as suas exportações para outros mercados africanos.
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