Os preços dos produtos de marca própria aumentaram mais do que os de fabricante, de acordo com uma monitorização de preços da DECO Proteste. Em 2022, um cabaz de produtos de marca própria aumentou 32% e os de marca de fabricante 13%, mas "a compra dos primeiros continua a compensar".
"Para conhecer a poupança alcançada num cabaz composto apenas por produtos de marca própria, face aos equivalentes que envergam a marca do fabricante, a DECO Proteste monitorizou, durante 2022, o custo de 60 produtos. Constatou que, num ano, os 30 de marca própria aumentaram, em média, mais do que os 30 de fabricante. Por isso, embora continuem a garantir uma poupança superior, o valor desta desceu", diz a organização de defesa do consumidor em comunicado.
Produtos de marca própria continuam a compensar
Ao que indica a DECO, em 2022, os preços médios da grande maioria dos produtos considerados "subiram bastante acima da taxa de inflação" e "23 produtos, dos 30 de marca própria, viram os respetivos preços aumentar mais, em termos relativos, do que os homólogos com marca de fabricante".
Quer isto dizer que "caiu o potencial de poupança que os consumidores poderiam obter ao optarem por produtos de marca de distribuidor".
Contudo, "apesar das conclusões do estudo, em geral, os produtos de marca própria continuam a compensar face aos de fabricante", pelo que se mantêm "como uma boa opção para os consumidores, quando o objetivo é fazer baixar a despesa do supermercado".
De acordo com a DECO Proteste, os "produtos de marca própria continuam a compensar face aos de fabricante"© DECO Proteste
"Há produtos cuja poupança face à versão de fabricante esbateu-se bastante. Por exemplo, na compra de massa em espirais, no início do ano, quem optasse por marca própria conseguia poupar, em média, 48% face à de fabricante. A 31 de dezembro, a diferença era apenas de 22%. A razão: enquanto o preço do produto de fabricante desceu 4% (de 1,32 euros para 1,27 euros), o do distribuidor aumentou 44%, passando de 0,69 euros para 0,99 euros", diz a DECO.
O estudo revelou que "quase todos os produtos aumentaram entre as duas datas, mas os de marca própria, na grande maioria dos casos, subiram mais".
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