"IVA não é o mais importante". Preços já baixariam por um outro "efeito"

João Leão destaca a "forte redução dos preços de energia" que já se sente nos mercados e que deverá contribuir para a descida dos preços dos alimentos.

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Notícias ao Minuto
03/04/2023 08:04 ‧ 03/04/2023 por Notícias ao Minuto

Economia

João Leão

O antigo ministro das Finanças João Leão considera que os preços já iriam "normalizar" e descer ao longo deste ano mesmo sem a medida do IVA zero num conjunto de bens alimentares, destacando o efeito da energia que já se sente nos mercados. 

"É de esperar que os preços da alimentação se venham a normalizar e mesmo a reduzir ao longo do ano, [mas] não só pelo IVA. O IVA não é o mais importante. Mas por um efeito mais importante e que já se sente nos mercados internacionais: uma forte redução dos preços de energia, em particular do gás", disse João Leão, numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios. 

João Leão considera que "estamos a sofrer agora de aumento dos produtos agrícolas tem a ver com as condições que havia há três ou quatro meses com o preço do gás elevadíssimo, mas que, entretanto, está a baixar. É natural que agora os produtores tenham mais condições para aumentar a oferta".

O antigo ministro das Finanças adverte que "as pessoas não devem recear que os preços se estejam sempre agravar".

Questionado sobre se uma redução do IRS teria um impacto mais relevante nas famílias, face à redução do IVA nos alimentos, Leão explicou que com as "mexidas no IRS não eram necessariamente as famílias em dificuldades que seriam apoiadas".

"Aliás, as famílias em dificuldades nem sequer suportam o IRS. E depois, se fosse no IRS, era independente do montante da despesa com produtos alimentares que essas famílias tinham. Podiam ter um rendimento muito elevado e gastar pouco em alimentação", conluiu.

O acordo sobre o IVA zero, que foi assinado entre o Governo, a distribuição (APED) e os agricultores (CAP), vai vigorar durante meio ano e aplica-se a 44 produtos. Este cabaz foi construído através de uma proposta do ministério da Saúde, visando garantir uma "alimentação saudável", detalhou o primeiro-ministro, António Costa. 

Mediante o acordo, a distribuição compromete-se a reduzir o preço dos 44 bens alimentares isentos do IVA, não incorporando a descida do imposto na margem comercial.

Leia Também: Naturais ou congelados? A lista completa e detalhada de alimentos sem IVA

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