Fernando Medina assumiu esta posição durante a conferência de imprensa de apresentação do Programa de Estabilidade (PE) 2023-2027, hoje, no Ministério das Finanças, em que o Governo revê em alta a projeção de crescimento da economia em 2023 face ao que esperava em outubro quando apresentou o Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).
"Teremos de avaliar a forma como as subscrições ocorrem ao longo dos próximos meses", disse, lembrando que o CA é um instrumento para assegurar a colocação de dívida do Estado e um instrumento de poupança semelhante ao de um banco comercial.
Questionado sobre a forte procura que os CA têm tido junto dos aforradores particulares, o ministro das Finanças considerou que tal decorre da "livre escolha que os portugueses têm feito "por não encontrarem no mercado uma oferta do ponto de vista da poupança que seja compatível com uma remuneração adequada" àquilo que esperam.
"Naturalmente que do ponto de vista das necessidades de financiamento do Estado isso tem de ser balizado", afirmou.
O Governo apresentou hoje o Programa de Estabilidade para o período 2023-2027, no qual inscreve uma revisão em alta da previsão de crescimento da economia portuguesa deste ano, para 1,8% (face aos 1,3% previstos em outubro), da taxa de inflação, para 5,1% (acima dos 4%), e revê em baixa o défice orçamental, prevendo que se situe em 0,4% este ano, abaixo dos 0,9% inscritos no Orçamento do Estado.
Já quanto ao rácio da dívida pública, o executivo estima que baixe para 107,5% este ano e fique abaixo dos 100% em 2025
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