A agência oficial revelou que este aumento da taxa de desemprego entre dezembro de 2022 e fevereiro último, em comparação com o trimestre anterior, foi impulsionado por aqueles que estiveram desempregados por períodos de até seis meses.
Os dados representam, segundo o ONS, um reflexo da "incerteza experimentada por todas as indústrias em todo o país" devido a pressões económicas como um fator importante para não contratar.
No entanto, a taxa de emprego no país também aumentou 0,2 pontos percentuais para 75,8%, impulsionada por mais trabalhadores a tempo parcial e independentes.
O ONS observa que, tanto a taxa de emprego como a de desemprego, aumentaram ao longo do período à medida que mais pessoas reentraram no mercado de trabalho em busca de emprego, passando a taxa de inatividade económica do país de 21,5% para 21,1%.
As ofertas de emprego diminuíram pelo nono mês consecutivo em 47.000 para 1,1 milhões durante esse período.
Depois de contabilizar a inflação, o salário médio, incluindo os bónus, caiu 3% nesse trimestre, ou 2,3% excluindo os bónus.
O chefe das estatísticas económicas da agência governamental, Darren Morgan, disse hoje que, "enquanto o grupo fora do mercado de trabalho, o 'inativo economicamente', caiu, o número dos que estiveram doentes de longa duração subiu para um novo patamar".
"As vagas de emprego voltaram a cair, mas continuam em níveis muito elevados", observou.
O perito disse também que os salários "continuam a crescer mais lentamente do que os preços, pelo que os rendimentos continuam a diminuir em termos reais, ainda que a diferença entre o crescimento dos rendimentos do setor privado e do setor público continue a diminuir".
Observou ainda que "o número de dias perdidos em greves voltou a aumentar em fevereiro, após a queda acentuada registada em janeiro" e, a este respeito, afirmou que "a educação foi novamente o setor mais afetado".
Leia Também: PIB, inflação, dívida e desemprego: O que prevê o Governo para este ano?