Num relatório sobre a evolução do endividamento soberano, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) indica que dos 39 países da organização e países em ascensão que responderam a um inquérito sobre o tema, metade dos 24 países que emitiram títulos soberanos sustentáveis também praticam "de alguma forma" orçamentos "verdes".
Por outro lado, "apenas a Noruega e Portugal adotaram elementos orçamentais 'verdes' sem emitir títulos soberanos sustentáveis, enquanto 13 países não se envolveram em nenhum dos dois [critérios]".
A OCDE considera orçamentos verdes quando existe "a aplicação de ferramentas de elaboração de políticas orçamentais para atingir metas climáticas e ambientais".
"Assim como os orçamentos desempenham um papel crucial na coordenação das receitas e despesas públicas, o orçamento verde alinha os fluxos de receita para projetos verdes e pode melhorar a qualidade dos gastos verdes", salienta.
O relatório salienta ainda que entre os principais desafios apontados pelos países nesta matéria estão "a falta de metodologias para avaliação de impacto ambiental" e "a falta de recursos ou conhecimento técnico".
Dos países que emitiram dívida 'verde' e incluem elementos 'verdes' nos seus orçamentais incluem-se, entre outros, Itália, França ou Dinamarca.
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