Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice Dow Jones Industrial Average cedeu 0,15%, ao passo que o alargado S&P500 permaneceu literalmente sem qualquer variação (0,00%) e o tecnológico Nasdaq avançou 0,32%, graças em particular aos semicondutores ligados ao desenvolvimento da inteligência artificial.
O acontecimento do dia foi a ascensão da Nvidia, fabricante dos processadores ultrapotentes requeridos pela IA, ao círculo muito restrito dos grupos com uma capitalização bolsista superior a um bilião (milhão de milhões) de dólares em Wall Street.
Durante a abertura da sessão, o grupo de Santa Clara ultrapassou este valor pela primeira na sua história. A sua ação, no que vai do ano, apresenta uma valorização de 175%.
Juntou-se assim aos cinco cuja capitalização já superava o bilião de dólares, a saber, os quatro grupos norte-americanos da tecnologia - Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet -- e o grupo petrolífero saudita Saudi Aramco.
Mas o recuo que sofreu na segunda metade da sessão voltou a colocar o grupo fora desta companhia, apesar de fechar o dia com um ganho de 2,99%.
Porém, "se o Nasdaq fez a dança com o Nvidia (...), os projetores continuam focados em Washington e na Câmara dos Representantes", sinalizou Edward Moya, da Oanda.
Esta Câmara deve votar na quarta-feira o projeto de acordo sobre o limite da dívida alcançado entre a Casa Branca e os dirigentes do Congresso. O Senado deve votar durante o fim de semana.
Nas suas grandes linhas, o acordo, fechado durante o fim de semana, sobe durante dois anos o limite da dívida pública dos EUA, que está atualmente fixado em 31,4 biliões de dólares.
Em troca, democratas e republicanos estipularam uma baixa em 10 mil milhões de dólares dos fundos afetados aos serviços fiscais para se modernizarem e novas condições para acesso a algumas ajudas sociais.
Contudo, o resultado favorável ao acordo da votação no Congresso ainda não está garantido, com o texto a enfrentar oposição de alguns congressistas.
"Faltará pouco para que o acordo de princípio derrape, mas o otimismo predomina", com os investidores "a estimarem que o Congresso não vai colocar a economia em perigo, suscitando uma catástrofe que +e evitável", prosseguiu Moya.
O acordo tem de ser formalizado até 05 de junho, data após a qual, segundo a secretária do Tesouro, Janet Yellen, os EUA ficam sem tesouraria para pagar os seus compromissos.
Na frente macroeconómica, a confiança dos consumidores dos EUA recuou em maio para o nível mais baixo desde novembro. Esta informação perturbou os índices, que tinham arrancado bem a sessão.
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