Na audição que decorre hoje na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, Pedro Nuno Santos sublinhou o "muito orgulho do trabalho" feito pelo Governo para "salvar a TAP", tendo-se conseguido provar que "a TAP, empresa pública, pode dar lucro".
"Não foi um acaso, porque no ano em que conseguimos que a TAP desse lucro, também conseguimos que na primeira vez na sua história a CP desse lucro. Não há mais nenhum Governo, não há mais nenhum ministro que, nos últimos 50 anos, se possa gabar de ter deixado as suas funções com a TAP e a CP a dar lucro", enfatizou.
Com críticas ao Governo PSD/CDS-PP pelo negócio da venda da TAP, que "não é um acaso", mas "um padrão da forma como a direita vê as empresas públicas", o governante questionou ainda para quem foi bom o "mau negócio" da privatização da ANA Aeroportos, lamentando que o Estado tenha perdido o controlo de uma das "infraestruturas mais importantes".
Pedro Nuno Santos lamentou que o aeroporto de Lisboa esteja a "rebentar pelas costuras" e "neste momento recuse voos", considerando que "a gestão pública não faria pior", mas sim "igual ou melhor".
"Não sei sinceramente se o aeroporto [de Lisboa] tem espaço de estacionamento para todos os aviões se eles vierem e quando vierem", disse, a propósito dos Airbus que ainda não foram entregues.
Pelo PSD, o deputado Paulo Moniz recordou a Pedro Nuno Santos que "em 2015 a TAP não tinha dinheiro para pagar salários", considerando que o PS recorre sempre "ao mesmo mantra": "A culpa é de Passos".
O PS, de acordo com o social-democrata, utiliza "a esfera pública como arena para as suas lutas palacianas".
[Notícia atualizada às 12h31]
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