Apesar da melhoria, este resultado aponta para um abrandamento durante o primeiro ano do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, depois de o Produto Interno Bruto (PIB) ter avançado 2,9% em 2022.
Esse ritmo mais lento de crescimento se estenderá até 2024, com um aumento de 1,2%, segundo o relatório.
A OCDE destacou os bons dados do primeiro trimestre do ano, quando a atividade económica avançou 2%, graças à expansão da produção agrícola e à recuperação das vendas de alimentos e vestuário.
Por outro lado, a organização aponta o abrandamento da criação de emprego e a estagnação da atividade industrial, ainda abaixo dos níveis pré-pandémicos.
Para os próximos meses, a OCDE está a refrear as expectativas de um crescimento rápido.
A fraqueza tanto do consumo privado, devido às elevadas taxas de juro, como das exportações, devido à queda dos preços das matérias-primas, vai manchar os bons resultados do início do ano, segundo a instituição.
Paralelamente a este abrandamento, a OCDE prevê que a inflação desça de uma média anual de 9,3% em 2022 para 5,6% em 2023, e 4,7% em 2024.
Mesmo com esta redução, a organização acredita que o Banco do Brasil manterá as taxas de juro no seu nível atual de 13,75 % até ao terceiro trimestre do ano.
A OCDE espera que o Banco Central da maior economia sul-americana flexibilize a política monetária e que as taxas de juros caiam para 10% até ao final de 2024.
A OCDE registou igualmente a expansão da despesa pública devido aos programas sociais do novo Governo.
No entanto, apreciou o quadro fiscal recentemente proposto pelo Governo para conter as despesas, bem como a retirada parcial das isenções sobre a gasolina.
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