De acordo com a mesma nota, as receitas do primeiro trimestre da empresa "cresceram 20% para 67,7 milhões euros e o EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações], excluindo custos de transação, atingiu os 22 milhões", em linha com o valor obtido no período homólogo, tendo sido "impactado pelo segmento da biomassa em resultado da diminuição do preço de venda da eletricidade no Reino Unido", explicou.
"Os resultados do primeiro trimestre de 2023 traduzem a redução do EBITDA da biomassa devido, sobretudo, aos menores preços 'spot' no Reino Unido, já previstos, bem como o facto de não ter sido concluída nenhuma operação de venda de ativos, prevista para os próximos trimestres do ano", disse o presidente da empresa, João Manso Neto, citado na mesma nota.
De acordo com a empresa, nos primeiros três meses deste ano, "é visível o crescimento dos segmentos de 'utility scale' e geração distribuída no total do grupo, fruto da aposta da Greenvolt noutros segmentos para além do da biomassa".
Na mesma nota, a Greenvolt disse que "terminou o primeiro trimestre com uma posição de liquidez confortável, que lhe permite prosseguir com o seu plano de negócios", destacando que "entre o valor em caixa e seus equivalentes (515,6 milhões de euros) e as linhas de crédito por utilizar, o montante em liquidez ascende a mais de 800 milhões de euros".
A empresa destacou que no período em análise "foram angariados 315 milhões de euros em dívida, com especial destaque para a emissão de 200 milhões de euros em obrigações convertíveis subscritas pelo fundo global de infraestruturas da KKR", referiu o grupo.
Paralelamente, a dívida financeira líquida da Greenvolt cifrou-se "em 421,9 milhões de euros", adiantou.
Por segmentos, na biomassa residual, a empresa disse que "as receitas totais registaram uma diminuição [de 12%] para 43,1 milhões de euros". Na área de energia renovável solar fotovoltaica e eólica 'utility scale' as receitas da Greenvolt foram de 6,8 milhões de euros, mais do triplo das de 2022. Na geração distribuída, as receitas mais do que duplicaram, para 19,4 milhões de euros.
Para o futuro, a Greenvolt reafirmou "os compromissos assumidos com os seus 'stakeholders', nomeadamente a execução do plano de negócios apresentado em 2022, com especial destaque em 2023 para o objetivo de executar uma maior rotação de ativos na geração de larga escala, e atingir resultados operacionais positivos em todos os segmentos de negócio".
Na biomassa, a empresa disse que "continuarão a ser desenvolvidos esforços para melhorar o desempenho operacional dos ativos", enquanto na área de 'utility scale', a empresa "espera vender pelo menos 200 MW [megawatts] de ativos, tendo atualmente processos de venda em curso e esperando que o primeiro se encontre fechado no terceiro trimestre de 2023".
Por fim, na geração distribuída "espera-se a continuação da expansão internacional com a previsível entrada em novas geografias, a consolidação do negócio atual e a passagem a resultados positivos", referiu.
[Notícia atualizada às 18h02]
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