Constrangimentos em Lisboa? Galamba defende reforço de aeródromos

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, defendeu hoje que um dos objetivos para minimizar os constrangimentos existentes no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, passa por reforçar o papel dos aeródromos do país.

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Lusa
27/06/2023 18:41 ‧ 27/06/2023 por Lusa

Economia

Aeroporto de Lisboa

"Há um papel muito importante na gestão de todo o sistema aeronáutico nacional. Um dos objetivos é, obviamente, minimizar os constrangimentos existentes atualmente no Aeroporto Humberto Delgado e contamos com todos os aeródromos do país na ajuda para esse trabalho", disse.

O governante, que falava no decorrer da cerimónia de inauguração da Torre de Informação de Voo do Aeródromo Municipal de Ponte de Sor (Portalegre), num investimento de 1,7 milhões de euros, apontou que uma das formas de apoio dos aeródromos poderá ser no desvio da aviação executiva do Aeroporto Humberto Delgado.

"É importante desviar a aviação executiva para fora do Aeroporto Humberto Delgado e isso só é possível com uma fortíssima aposta descentralizada em inúmeros aeródromos no nosso país, à semelhança do que já aconteceu e que terá de ser intensificado", disse.

"A reorganização do espaço aéreo e da gestão dos constrangimentos existentes no sistema aeroportuário nacional requer, também, e convoca todos os aeródromos do país, numa maior diversificação" acrescentou.

Para João Galamba, a medida vai também "diversificar" as atividades formativas pelo país, sendo "uma grande oportunidade" para os territórios.

No decorrer da cerimónia de inauguração da Torre de Informação de Voo do Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, o presidente do município, Hugo Hilário, abordou vários temas, entre os quais a oferta formativa que o setor aeronáutico na região tem para oferecer, sublinhando que o concelho "se afirmou definitivamente" no 'cluster' aeronáutico.

"Isto obviamente que tem, para todos nós, para nós comunidade, para nós concelho, para nós região, um inequívoco impacto positivo na economia", disse.

O autarca recordou que o concelho está envolvido em três agendas mobilizadoras no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que são importantes para o futuro do aeródromo.

As três agendas traduzem-se num investimento na ordem dos 300 milhões de euros, prevendo a criação até 600 postos de trabalho diretos e 1.500 indiretos.

O Aeródromo Municipal de Ponte de Sor emprega mais de 300 pessoas, tem 12 empresas, entre as quais uma das maiores escolas de pilotos da Península Ibérica.

Foram investidos cerca de 40 milhões de euros, ao longo de quase duas décadas, financiados a 70% por fundos comunitários e o resto do orçamento da Câmara Municipal.

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