"Apresentámos um pedido de adesão e esperamos uma resposta positiva", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros etíope, Meles Alem, citado pelos meios de comunicação social locais.
"Como país-membro fundador de instituições globais como a União Africana (UA) e as Nações Unidas e que procura assegurar os interesses nacionais, é importante que nos juntemos a blocos como o BRICS", acrescentou.
A chefe da diplomacia da África do Sul, país que detém este ano a presidência rotativa do BRICS, Naledi Pandor, disse em março passado que tinha recebido "12 cartas" de países interessados em aderir ao grupo, incluindo a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Egito, a Argélia, a Argentina, o México e a Nigéria.
Na sequência destes pedidos, o bloco está a estudar formas de abrir a porta a novos membros, embora ainda haja trabalho a fazer para ativar este alargamento, como confirmado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do BRICS na Cidade do Cabo, em 01 de junho.
Com mais de 117 milhões de habitantes, a Etiópia é o segundo país mais populoso de África e a sede da UA.
Embora o crescimento do seu produto interno bruto (PIB) em 2022 tenha abrandado para 5,3%, contra 5,6% no ano anterior, manteve-se acima da média da África Oriental (4,4% em 2022), de acordo com dados compilados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
A Etiópia é, assim, uma das economias de crescimento mais rápido em África.
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