A economia norte-americana criou em junho 209.000 empregos, quando os analistas esperavam 220.000. A taxa de desemprego desceu uma décima em relação ao mês anterior.
Além disso, a criação de emprego em abril e maio foi revista em baixa, respetivamente para 217.000 e 306.000, ou seja, no conjunto dos dois meses houve menos 110.000 postos de trabalho do que o inicialmente anunciado.
A criação de emprego continua impulsionada pela administração pública, saúde e assistência social, bem como pela construção, detalhou o Departamento do Trabalho.
Mas, a média de empregos que surgiram nos primeiros seis meses do ano foi nitidamente menos elevada do que ao longo de todo o ano passado (respetivamente 278.000 contra 399.000 empregos).
O salário médio por hora também continuou a aumentar, 0,4% em relação ao mês anterior e 4,4% em relação ao mesmo mês de 2022, ligeiramente acima do esperado pelo mercado que era um aumento mensal de 0,3%.
Os investidores temem que a dinâmica do mercado laboral leve a Reserva Federal (Fed) a aumentar de novo as taxas de juro na sua próxima reunião em finais de julho.
A Fed iniciou em março de 2022 uma política monetária mais restritiva para reduzir a inflação aproximando-a do objetivo de 2%, mas a economia norte-americana tem-se mostrado mais sólida do que era esperado e a inflação mais persistente do que o previsto.
No mês passado, a Fed decidiu fazer uma pausa no movimento de subida das taxas de juro, mas o presidente da instituição, Jerome Powell, não afasta novos aumentos até ao fim do ano, afirmando que as decisões serão tomadas de acordo com a evolução dos dados macroeconómicos.
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