O Banco Central Europeu (BCE) tem vindo a aumentar as taxas de juro ao longo dos últimos meses, o que se reflete, por exemplo, no aumento do valor da prestação da casa que foi sentido por muitos clientes bancários. O Banco de Portugal (BdP) explica o que aconteceria caso o BCE não atuasse:
"O BCE não é indiferente às dificuldades das pessoas. Porém, se não atuasse, a inflação continuaria alta por mais tempo e poderia ser ainda mais difícil de combater. Isso seria pior para todos", explica o supervisor da banca, numa publicação partilhada na rede social Instagram.
O objetivo do BCE, prossegue o BdP, é "colocar as taxas de juro no nível necessário para estabilizar a inflação na área do euro em 2%, causando o mínimo de danos na economia".
"Encontrar este equilíbrio não é simples", conclui.
O BdP reconhece que "subir as taxas de juro e abrandar a economia cria dificuldades no imediato", contudo, considera que "vale a pena porque, a prazo, o aumento dos preços deixará de ser uma preocupação".
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A taxa de inflação homóloga na zona euro abrandou, em julho, para 5,3%, face aos 5,5% do mês anterior, segundo uma estimativa rápida divulgada pelo Eurostat.
De acordo com os dados do serviço estatístico europeu, este é o terceiro mês consecutivo de abrandamento da inflação, após uma ligeira subida em abril.
A taxa de inflação subjacente (sem energia, alimentação, álcool e tabaco), manteve-se estável nos 5,5%.
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