A inflação foi de 3,2%, em termos homólogos, acima do mês anterior, mas melhor do que os analistas esperavam, o que cria expectativas quanto à possibilidade de a Reserva Federal (Fed) suavizar a sua política de subida da taxa de juro.
O analista Edward Moya, da Oanda, escreveu em nota de conjuntura que, depois deste relatório sobre a inflação, "Wall Street manteve-se otimista quanto à possibilidade de a Fed não precisa de subir a taxa em setembro".
A Fed tem dito que vai tomar decisões conforme a informação sobre emprego e inflação. A sua principal taxa de juro de referência está no nível mais alto de há mais de 20 anos.
Esta é a opinião de Gargi Chaudhuri, dirigente da iShares Investment Strategy, Américas, bem como do economista-chefe da Annex Wealth Management, Brian Jacobsen.
Este disse que, "ao separar o sinal do barulho, muitas das componentes da inflação estão a evoluir na boa direção" e acentuou mesmo que, "se a tendência continuar, vai ser difícil justificar outra subida da taxa de juro".
Outro determinante da política monetária da Fed vem da força que o mercado de trabalho mostra.
A resiliência deste mercado pode questionar a baixa da taxa. Mike Loewengart, que dirige a construção de carteiras de investimento no Morgan Stanley Global Investment Office, já avisou: "A Fed pode deixar a taxa de juro sem alterações no próximo mês, mas não deve começar a baixá-la".
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