UE avança com 12 milhões para desenvolver hidrogénio verde no Quénia
A Comissão Europeia aprovou um plano no valor de quase 12 milhões de euros em subvenções para investimento público e privado destinado a desenvolver a indústria do hidrogénio verde no Quénia, anunciou hoje a instituição.
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Economia Quénia
Na abertura da primeira cimeira africana sobre as alterações climáticas, em Nairobi, capital do Quénia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou este plano de subvenções e considerou que o Quénia "é um parceiro essencial na luta contra as alterações climáticas".
"Assim o demonstrou com a organização da Cimeira do Clima de África a caminho da COP28. Os objetivos ambiciosos do Quénia de atingir 100% de energia limpa até 2023 é uma inspiração para outros países. E o roteiro do hidrogénio verde vai apoiar o Quénia nesse caminho", referiu von der Leyen.
Em comunicado, a Comissão detalhou o plano de investimento, a desenvolver a partir deste ano e até 2032, de cerca de 12 milhões de euros em subvenções para desenvolver a indústria do hidrogénio verde e para continuar a desenvolvê-la depois do final do período considerado.
O plano tem enfoque na exportação e na redução de emissões, criação de postos de trabalho e, mais tarde, investimentos diretos.
O Presidente queniano, William Ruto, disse na Cimeira que o desenvolvimento da indústria do hidrogénio verde "prioriza a expansão económica, a criação de postos de trabalho e a promoção de uma direção ambientalista" do país.
"O hidrogénio verde vai ser o catalisador da transição energética [do Quénia]. Vai melhorar a segurança alimentar, incluindo a expansão da produção 'verde' de chá queniano, café, horticulturas, floriculturas e cereais", completou o chefe de Estado do país anfitrião.
A COP28, a cimeira sobre alterações climáticas que agrega chefes de Estado e de Governo de vários países para discutir políticas e ambições para a neutralidade carbónica e redução das emissões de gases com efeito de estufa, vai realizar-te este ano no Dubai, entre 30 de novembro e 12 de dezembro.
África abriga alguns dos países mais afetados pelas alterações e fenómenos climáticos, onde se inclui, por exemplo, Moçambique, quando os países africanos estão entre os menos responsáveis pela crise climática global.
A cimeira, que decorre até quarta-feira e conta com a presença de mais de 20 chefes de Estado e de Governo africanos, bem como de líderes de outras regiões do mundo e de organizações internacionais, deverá adotar a chamada "Declaração de Nairobi", um documento que procura articular uma posição comum africana para diferentes fóruns globais.
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