Em declarações à Lusa, Pedro Figueiredo, comentando o plano de insolvência da Groundforce, disse que estava "muito preocupado", porque "isto só quer dizer uma coisa, é uma tentativa clara de baixar as condições de trabalho destes trabalhadores".
Segundo o presidente do Sintac, um dos sindicatos que assinaram o acordo com o novo investidor na Groundforce, a Menzies, sobre o acordo de empresa, que permitiu que os administradores de insolvência depositassem, junto do tribunal, o plano de insolvência do grupo de 'handling' (assistência em terra nos aeroportos), "estas rescisões vêm dar, ou vêm potenciar, efetivamente, uma baixa das condições de trabalho".
O sindicalista refere-se às 300 rescisões por mútuo acordo previstas na versão preliminar do plano de insolvência.
Além disso, Pedro Figueiredo recordou a possível venda da Portway, outra empresa do setor, que foi anunciada pelo grupo Vinci aos sindicatos, destacando que a empresa tem uma "concessão que está a ser cumprida".
"Isto é uma clara tentativa de baixar as condições de trabalho deste setor, não é só da Groundforce, é deste setor, dos trabalhadores da aviação civil, no caso, das empresas de 'handling', com mão-de-obra intensiva", indicou.
A versão preliminar do plano de insolvência da Groundforce contempla, entre várias medidas, a rescisão com cerca de 300 trabalhadores num período de dois anos após a homologação, lê-se no documento, a que a Lusa teve acesso.
"Tendo em vista assegurar que a SPdH (Groundforce) mantém uma estrutura de pessoal adequada às suas necessidades, a empresa irá promover uma redução de trabalhadores efetivos, mediante a cessação de contratos de trabalho por tempo indeterminado, preferencialmente por mútuo acordo, de aproximadamente 300 trabalhadores", segundo o documento, dos administradores de insolvência.
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