Nagel afirmou, num evento organizado pelos bancos cooperativos Sparda-Banken, que a taxa de inflação na zona euro continua a ser "demasiado elevada" e que as previsões apontam para que irá baixar lentamente para o objetivo de 2%.
É por isso que as taxas de juro diretoras do BCE "devem permanecer num nível suficientemente elevado durante um período suficientemente longo", segundo o presidente do banco central alemão.
"O que é que isto significa? Não se pode dizer: dependerá dos dados. O que é claro é o objetivo: fazer descer a taxa de inflação para 2% o mais rapidamente possível", acrescentou Nagel.
Em agosto, a inflação global na zona euro foi de 5,2% em termos homólogos e a inflação subjacente, excluindo energia e produtos alimentares, foi de 5,3%.
Na semana passada, o BCE subiu as três taxas de juro pela décima vez consecutiva desde julho de 2022, em um quarto de ponto, para 4,50%.
Além disso, a facilidade de depósito, que é a taxa de juro à qual remunera as reservas 'overnight' excedentárias dos bancos, aumentou no mesmo montante, para 4%.
A taxa de depósito é atualmente a taxa de juro mais importante da política monetária do BCE, porque existe um excesso de liquidez muito elevado no sistema.
Para fazer baixar a inflação, o BCE está também a reduzir o seu balanço e, desde julho, já não investe nas obrigações vencidas do programa de compra de dívida.
Desta forma, o balanço do BCE será reduzido numa média de 25.000 milhões de euros por mês até ao verão de 2025, segundo Nagel.
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