Linhas Aéreas de Moçambique quer duplicar aeronaves e chegar a 22 até 2027

A transportadora Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) pretende duplicar a frota de aeronaves, passando a contar com pelo menos 22 aviões até 2027, disse à Lusa o diretor de operações da companhia de bandeira moçambicana.

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Lusa
29/09/2023 20:18 ‧ 29/09/2023 por Lusa

Economia

Moçambique

"Nos próximos anos a entrada de aviões vai ser muito massiva", disse, em Inhambane, Hilário Tembe, à margem da cerimónia que marca a retoma da ligação direta entre a cidade de Inhambane e Joanesburgo, na África do Sul, país vizinho.

Segundo o diretor de operações da LAM, a companhia aérea moçambicana conta com um total de nove aeronaves e pretende-se adquirir mais três este ano para responder à retoma de ligações com países vizinhos e à introdução de novas rotas.

"Este ano, provavelmente, somos capazes de terminar com 12 aviões (...) e depois o projeto é até final de 2027 metermos mais 10 aviões", declarou Tembe.

Segundo o responsável, Moçambique retomou, desde o ano passado, ligações com Harare, no Zimbábue, e Joanesburgo, na África do Sul, estando também em perspetiva a retoma, em novembro, dos voos de Maputo para Lisboa.

A companhia aérea moçambicana avançou ainda que se vai introduzir este ano uma nova rota de voos de Maputo para a Cidade de Cabo, capital sul-africana.

"Este ano introduzimos também a rota Maputo -- Lusaca [capital da Zâmbia], que não tínhamos antes", referiu o diretor de operações da LAM.

O diretor-executivo da empresa sul-africana chamada para gerir a LAM disse, em 09 de setembro, que a companhia já negociou o aluguer de um Boeing 737 cargueiro, apenas para tratar do transporte de carga dentro do país e para o exterior, nomeadamente para a África do Sul, esperando colocar ao serviço um segundo seis meses depois.

"É uma oportunidade que pode tornar a companhia rentável. O transporte de carga é um negócio muito rentável", insistiu Theunis Crous, diretor da Fly Modern Ark (FMA).

Theunis Crous referiu igualmente que a FMA já mobilizou 15 milhões de dólares (14 milhões de euros) de financiamentos para a operação atual da LAM, que está a ser alargada, com novas rotas e aeronaves, o que se traduz num aumento de passageiros, 57 mil atualmente, face à média anterior de 46 mil mensais.

A estratégia em curso, de revitalização da empresa, segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.

Leia Também: Moçambique inspira-se na "coragem" de Machel na luta contra o terrorismo

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