"Nos próximos anos a entrada de aviões vai ser muito massiva", disse, em Inhambane, Hilário Tembe, à margem da cerimónia que marca a retoma da ligação direta entre a cidade de Inhambane e Joanesburgo, na África do Sul, país vizinho.
Segundo o diretor de operações da LAM, a companhia aérea moçambicana conta com um total de nove aeronaves e pretende-se adquirir mais três este ano para responder à retoma de ligações com países vizinhos e à introdução de novas rotas.
"Este ano, provavelmente, somos capazes de terminar com 12 aviões (...) e depois o projeto é até final de 2027 metermos mais 10 aviões", declarou Tembe.
Segundo o responsável, Moçambique retomou, desde o ano passado, ligações com Harare, no Zimbábue, e Joanesburgo, na África do Sul, estando também em perspetiva a retoma, em novembro, dos voos de Maputo para Lisboa.
A companhia aérea moçambicana avançou ainda que se vai introduzir este ano uma nova rota de voos de Maputo para a Cidade de Cabo, capital sul-africana.
"Este ano introduzimos também a rota Maputo -- Lusaca [capital da Zâmbia], que não tínhamos antes", referiu o diretor de operações da LAM.
O diretor-executivo da empresa sul-africana chamada para gerir a LAM disse, em 09 de setembro, que a companhia já negociou o aluguer de um Boeing 737 cargueiro, apenas para tratar do transporte de carga dentro do país e para o exterior, nomeadamente para a África do Sul, esperando colocar ao serviço um segundo seis meses depois.
"É uma oportunidade que pode tornar a companhia rentável. O transporte de carga é um negócio muito rentável", insistiu Theunis Crous, diretor da Fly Modern Ark (FMA).
Theunis Crous referiu igualmente que a FMA já mobilizou 15 milhões de dólares (14 milhões de euros) de financiamentos para a operação atual da LAM, que está a ser alargada, com novas rotas e aeronaves, o que se traduz num aumento de passageiros, 57 mil atualmente, face à média anterior de 46 mil mensais.
A estratégia em curso, de revitalização da empresa, segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.
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