"Com o enfraquecimento do consumo e das exportações, o Fórum para a Competitividade estima que a economia terá tido uma variação em cadeia entre -0,2% e 0,1%, de que terá resultado uma desaceleração homóloga de 2,5% para entre 1,8% e 2,1% [do Produto Interno Bruto -- PIB]", apontou a entidade, na nota de conjuntura do mês de setembro.
Já para 2024, o Fórum para a Competitividade espera uma desaceleração da economia portuguesa, ao contrário da zona euro, "até porque o crescimento de 2023 é parcialmente ainda de recuperação atrasada dos efeitos das perturbações recentes".
Em setembro, a inflação em Portugal caiu ligeiramente, de 3,7% para 3,6%, com a inflação subjacente a prosseguir a sua trajetória descendente, passando de 4,5% para 4,1%, lembrou a entidade.
Já a taxa de desemprego diminuiu ligeiramente, em agosto, de 6,3% para 6,2%, mantendo-se o crescimento homólogo de 1,3% do emprego.
Até agosto, acrescentou, "o investimento público ainda só foi executado em 39,4% quando já passou mais de dois terços do ano e o investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) está ainda pior (20,1%)".
Relativamente ao IRS, o Governo pretende fazer uma redução de 525 milhões de euros em 2024, "mas, até agosto, o excedente de receitas deste imposto face ao orçamentado já é de 767 milhões de euros, pelo que nem sequer está a propor corrigir o desvio de 2023", considerou.
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