Num discurso em Nova Iorque, Powell insistiu, no entanto, na necessidade de agir "com prudência" para não prejudicar a economia.
O presidente do banco central norte-americano observou que a inflação desacelerou significativamente em relação ao nível de há um ano, mas advertiu que ainda não ficou claro se está numa trajetória estável rumo à meta de 2%.
"A inflação ainda está demasiado elevada e alguns meses de bons dados são apenas o começo do que será necessário para ter a certeza que a inflação está a baixar de forma sustentável em relação ao nosso objetivo" de 2%, apontou.
O líder da Fed não excluiu a possibilidade de uma nova subida das taxas de juro e afirmou que novos dados sobre o crescimento e sobre o mercado laboral, que até agora têm mostrado solidez, "podem comprometer a continuação nos progressos em matéria de inflação e justificar um novo aperto da política monetária".
Segundo o índice CPI, a inflação homóloga nos Estados Unidos situou-se em 3,7% em setembro, no mesmo nível que tinha em agosto.
Os números do índice PCE, que é o privilegiado pela Fed, serão divulgados no dia 27 de outubro, pouco antes da reunião de política monetária do banco central de 31 de outubro e 01 de novembro.
Powell sublinhou também que "as tensões geopolíticas estão muito altas e colocam riscos importantes para a economia mundial" e, numa posição pessoal, considerou que o ataque a Israel foi "horrível, bem como a perspetiva de novas perdas de vidas inocentes".
Para travar a inflação, que atingiu em junho de 2022 o nível mais alto em mais de 40 anos, a Fed subiu as taxas de juro 11 vezes desde março de 2022.
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