Num cenário de aumento das taxas de juro, há cada vez mais famílias que estão a vender as suas casas porque já não conseguem pagar a prestação do crédito à habitação ao banco. A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) tem recebido cada vez mais pedidos de ajuda.
"Existem muitas famílias que, infelizmente, e porque os seus rendimentos já são muito baixos que estão a tomar já decisões mais ou menos radicais e decisões de, por exemplo, procederem à venda do imóvel para tentarem contratar a compra de uma outra habitação de valor mais reduzido e consequentemente o crédito à habitação ter menor valor", disse a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da DECO, Natália Nunes, em declarações à SIC Notícias.
Com a subida das taxas de juro, aumentam também os pedidos de ajuda à organização de defesa do consumidor. Até ao final de setembro foram cerca de 20 mil, segundo dados adiantados pelo mesmo canal.
"O que temos é famílias a dizerem-nos como é que vão conseguir suportar a prestação se ela mais do que duplicou e claro que uma bonificação de 30 ou 40 euros é positiva, mas não é o que vai permitir suportar o valor da prestação", acrescentou Natália Nunes.
O aumento do custo de vida é agora o principal motivo dos pedidos de ajuda de famílias carenciadas à DECO, em vez da quebra de rendimentos, informou a associação em setembro.
Muitos destes pedidos de ajuda são de famílias que ainda não estão em situação de não conseguir pagar as contas, mas que anteveem que essa possibilidade esteja para chegar.
A quem pede ajuda, devido ao aumento do custo de vida, a DECO recomenda olhar para as despesas a ver se há forma de reduzir gastos e verificar se há margem de negociação com o banco quanto às condições de créditos contratados.
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