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Governo mantém empenho na realização da Web Summit, diz ministro

O Ministério da Economia garantiu que o Governo se mantém "empenhado" na realização da Web Summit, adiantado que contactos efetuados com diferentes parceiros do evento mostram haver condições para que este decorra com normalidade.

Governo mantém empenho na realização da Web Summit, diz ministro
Notícias ao Minuto

20:05 - 24/10/23 por Lusa

Economia Web Summit

"Dando cumprimento ao acordo celebrado com o Web Summit, o Governo mantém-se assim empenhado na realização do evento, nesta e nas próximas edições, e tudo fará para que a iniciativa decorra como o previsto", refere um comunicado do Ministério da Economia e do Mar.

O comunicado surge após acontecimentos que rodearam o líder da Web Summit, Paddy Cosgrave, que se demitiu do cargo depois de várias empresas cancelarem a participação no evento, em Lisboa, na sequência de afirmações que fez sobre Israel.

O ministério liderado por António Costa Silva refere ter encetado, na semana passada, "um conjunto de diligências com os diferentes 'stakeholders' do evento, para avaliar a situação e assegurar que continuam a existir as condições necessárias" para a edição de 2023.

As informações recolhidas até ao momento nesses contactos, adianta a mesma informação "dão garantias ao Governo de que o Web Summit, que se reveste de enorme importância para o País, tem condições para decorrer com normalidade".

Sublinhando o "forte impacto" que o evento tem na economia local, o Ministério da Economia salienta que a Web Summit "tem hoje um papel fundamental no contexto da inovação e do desenvolvimento tecnológico do país, e na respetiva transformação digital da economia portuguesa".

"Esta edição, como todas as outras, terá como principal foco o universo das 'startups', a quem o evento traz oportunidades únicas de desenvolvimento e aprendizagem", refere o comunicado.

A Web Summit vai decorrer em Lisboa de 13 a 16 de novembro, sendo esperadas 2.600 'startups' e cerca de 70 mil participantes.

Além de garantir a manutenção do empenho do Governo no evento nesta edição e nas próximas, o comunicado garante que o executivo "tudo fará para que a iniciativa decorra como o previsto, em particular na mobilização das 'startups'".

Após ter sido noticiada a saída de Paddy Cosgrave, os organizadores anunciaram que vai ser nomeado um novo CEO (presidente executivo) o mais depressa possível e o evento decorrerá de acordo com o previsto.

No anúncio da renúncia, Paddy Cosgrave afirmou: "Infelizmente, os meus comentários pessoais tornaram-se uma distração do evento" e pediu "sinceras desculpas por qualquer mágoa que tenha causado".

Paddy Cosgrave escreveu em 13 de outubro na rede social X (antigo Twitter) uma publicação que deu origem a várias críticas.

"Estou impressionado com a retórica e as ações de tantos líderes e governos ocidentais, com a exceção particular do Governo da Irlanda, pela primeira vez estão a fazer a coisa certa. Os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados e devem ser denunciados pelo que são", disse, na altura, Paddy Cosgrave em alusão conflito entre Israel e o Hamas.

Entre as empresas que anunciaram o cancelamento estão a Amazon, Meta, Google, Intel, Siemens e investidores israelitas.

Entretanto, a Web Summit disse que vai contar com "mais de 300 parceiros", alguns dos quais que estavam a ponderar a presença "e reverteram a sua decisão", afirmou na segunda-feira à Lusa fonte oficial sem avançar nomes.

[Notícia atualizada às 20h22]

Leia Também: Web Summit. BE pede retirada de proposta de financiamento municipal

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