Na conferência de imprensa de apresentação dos resultados, o presidente executivo do BCP disse que, entre janeiro e setembro, foram feitas cerca de 16 mil renegociações, a maior parte por iniciativa do próprio banco, mas também ao abrigo do decreto-lei do Governo.
O que importa é que o cliente tenha visto a sua capacidade financeira reforçada para fazer face aos seus empréstimos, afirmou Miguel Maya, que não quis divulgar o valor total dos créditos renegociados.
Desde o início da subida das taxas de juro (o BCE começou a subir as taxas de juro diretoras em julho de 2022) o BCP diz que já renegociou 20 mil contratos de crédito.
Quanto à bonificação de juros (o Estado paga parte dos juros do crédito à habitação de clientes em dificuldades, sob determinadas condições), Miguel Maya disse que o BCP tem 2.400 contratos de crédito com bonificações e que, em média, a bonificação é de 32 euros mensais.
O presidente executivo do BCP referiu ainda que até agora cerca de dois mil clientes usaram PPR para amortizar capital em dívida nos créditos à habitação e que um número relativamente igual usou este produto de poupança para pagar as prestações do crédito, sem revelar o valor envolvido.
"Um conjunto relevante de famílias utilizaram esta poupança para fazer face aos encargos com o crédito à habitação e o banco respondeu diligentemente" disse Miguel Maya.
O BCP teve lucros de 650,7 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais de sete vezes os 89,8 milhões de euros registados no mesmo período de 2022, divulgou hoje o banco em conferência de imprensa.
Leia Também: Lucros do BCP aumentam mais de 7 vezes para 651 milhões até setembro