Transporte aéreo "nunca esteve tão perto" de regressar a níveis pré-Covid

O transporte aéreo de passageiros "nunca esteve tão perto" de eliminar os efeitos da crise causada pela pandemia de covid-19, recuperando em outubro 98,4% da sua atividade global de 2019, anunciou terça-feira a principal associação do setor.

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Lusa
06/12/2023 06:43 ‧ 06/12/2023 por Lusa

Economia

Transportes

O dinamismo da atividade, calculado em receitas por quilómetro (RPK, na sigla inglesa), um dos índices de referência do setor, foi impulsionado sobretudo pelos voos domésticos que cresceram para 104,8% do nível de antes da crise, sublinhou a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA),

É a China, ainda sujeita há um ano a restrições de viagem para tentar conter a transmissão da covid-19, que explica este registo: os voos domésticos registaram um "crescimento de três dígitos" em comparação com 2022, sublinhou a IATA, em comunicado.

Os voos internacionais, cuja recuperação foi posterior à pandemia, também registaram um forte crescimento em outubro, de quase 30% num ano, atingindo 94,4% dos níveis do mesmo mês de 2019.

Este atraso deve-se principalmente à situação na Ásia-Pacífico, onde as ligações internacionais ainda atingem apenas 80,5% da frequência pré-pandemia, observou esta associação.

Apesar de tudo, com "os sólidos resultados de outubro", o setor da aviação "nunca esteve tão perto de conseguir uma recuperação completa do tráfego após a pandemia", saudou o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, citado no comunicado.

De acordo com as últimas projeções da IATA, publicadas em junho e que deverão ser atualizadas esta quarta-feira, o transporte aéreo deverá quase regressar em 2023 ao número de passageiros antes da crise sanitária, com 4,35 mil milhões, face aos 4,54 mil milhões em 2019.

Globalmente, espera-se que as empresas registem os primeiros lucros este ano desde a pandemia de covid-19, com 9,8 mil milhões de dólares (9 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual).

Estas empresas perderam cerca de 183 mil milhões de dólares (170 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) cumulativamente entre 2020 e 2022.

Leia Também: Boris Johnson ouvido hoje no inquérito britânico à gestão da pandemia

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