"Gostaria de frisar a confirmação da eleição de Nadia Calviño, a atual ministra das Finanças de Espanha e minha colega, para presidente do BEI. É uma escolha que nos agrada particularmente [porque] fomos e somos apoiantes da sua candidatura de Nadia Calviño desde a primeira hora", disse o responsável português pela tutela, Fernando Medina.
Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, o ministro português das Finanças classificou Nadia Calviño como "uma pessoa com uma grande experiência a nível internacional e uma grande capacidade própria e também [...] com uma compreensão muito própria daquilo que é a realidade portuguesa".
"Será naturalmente sempre importante na posição de Portugal, que tem com o BEI uma relação privilegiada como um financiador particularmente importante dos investimentos para o nosso país", adiantou Fernando Medina.
A vice-presidente do Governo espanhol Nadia Calviño foi hoje escolhida pelos ministros das Finanças da União Europeia (UE) como a primeira mulher na presidência do BEI.
A escolha foi feita à margem da reunião de hoje do Ecofin, em Bruxelas, na qual foi dada 'luz verde' ao nome de Nadia Calviño, de acordo com as fontes europeias, após a votação que implicava o aval de 18 países (e 68% do capital subscrito) do Conselho de Governadores do BEI, constituído pelos ministros das Finanças de todos os países da UE.
Tal como a Lusa já tinha avançado em setembro passado, Portugal apoiava a candidatura da vice-presidente do Governo espanhol e ministra da Economia, Comércio e Empresas.
Este que é hoje considerado um dos lugares de topo nas instituições da UE atraiu, desta vez, o interesse de vários altos funcionários europeus, depois de ter sido liderado durante 12 anos pelo único candidato, o alemão Werner Hoyer, que cumpriu dois mandatos de seis anos e está agora de saída.
Este interesse renovado na liderança do BEI reflete uma nova página desta que é a maior instituição financeira multilateral do mundo em termos de ativos e que será crucial para apoiar a UE nas suas metas 'verdes' e digitais.
Werner Hoyer deixa o cargo no final do ano pelo que os governantes tinham até então para nomear um sucessor.
Detido pelos Estados-membros e sediado no Luxemburgo, o BEI é a instituição financeira do bloco comunitário, que suporta financeiramente projetos dentro e fora da UE alinhados com as prioridades europeias, como o crescimento e melhoria do emprego, o combate às alterações climáticas e a transição digital.
Tem atualmente fundos próprios de 78 mil milhões de euros, um balanço contabilístico de 544 mil milhões de euros e um capital subscrito de 249 mil milhões de euros.
Cabe ao presidente do BEI liderar decisões como a contração de empréstimos e a concessão de financiamentos, nomeadamente de empréstimos e de garantias.
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