Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte disse que "a CP não internalizou o serviço de refeições dos comboios, fez um concurso à última hora", acrescentando não estarem garantidos os postos de trabalho a partir do dia 31 de dezembro de 2023.
Na mesma nota, o sindicato afirma que a NewRail, empresa concessionária do serviço, "comprometeu-se a apresentar uma proposta de aumentos salariais para 2024, mas não cumpriu a promessa".
"Além disso, a empresa deve trabalho suplementar, férias e subsídios de férias a alguns trabalhadores, que ainda não liquidou, e as condições de trabalho têm piorado", denunciou a estrutura.
Os trabalhadores concentram-se hoje junto à estação de Campanhã, no Porto, indicou o sindicato.
Os profissionais já levaram a cabo uma paralisação em setembro, pela assinatura do acordo de empresa e "em luta por outros direitos que estão a ser postos em causa, designadamente pelo pagamento na íntegra do trabalho suplementar, fornecimento de uma refeição nos casos de atrasos dos comboios, reforço do quadro de pessoal, melhores condições de trabalho e contra as escalas discriminatórias", segundo um comunicado dessa altura.
A CP - Comboios de Portugal anunciou em maio que o novo operador dos bares dos comboios de longo curso já tinha regularizado os salários dos trabalhadores, tendo o serviço sido retomado nessa altura, depois de um longo impasse.
Os trabalhadores dos bares dos comboios estavam, até essa altura, sem receber salários há vários meses, depois de a anterior concessionária ter enfrentado problemas que levaram à suspensão do serviço.
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