Esta quarta-feira está a ser marcada pela polémica em torno da compra de ações dos CTT - Correios de Portugal pela Parpública, por ordem do Governo, conforme avançou o Jornal Económico. Afinal, o que se sabe?
Participação "secreta" ou "posição residual"?
Ao que indica o mesmo jornal, a 'holding' do setor empresarial do Estado mantém uma participação "secreta" nos CTT, que nunca foi comunicada ao mercado, nem referida nos relatórios anuais.
Sabe-se ainda que a compra teve lugar após exigências do Bloco de Esquerda para viabilizar o Orçamento do Estado para 2021.
Ao que tudo indica, o anterior Governo, sem o divulgar, instruiu a Parpública a comprar ações dos CTT através de um despacho do então ministro das Finanças, João Leão.
Já o jornal ECO acrescentou que a Parpública tem uma "posição residual" de cerca de 0,25% no capital dos CTT, que corresponderá a menos de 380 mil ações.
"Apesar de a empresa do Estado nunca ter revelado a compra de ações dos Correios, o ECO apurou que a participação nos CTT é uma das incluídas no Relatório e Contas de 2021, no quadro dedicado a 'Outras participações financeiras', com a indicação 'Outros' - avaliada, a 31 de dezembro desse ano, em 1,73 milhões de euros", referiu o ECO.
De recordar que os CTT foram privatizados entre 2013 e 2014 pela governação PSD/CDS-PP em período de assistência financeira externa a Portugal.
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