Suzuki suspende produção na Hungria devido aos ataques no Mar Vermelho

O fabricante japonês Suzuki suspendeu hoje a produção na Hungria durante uma semana devido às interrupções na cadeia de abastecimento causadas pelos ataques das milícias iemenitas Huthis a navios no Mar Vermelho.

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© Suzuki

Lusa
16/01/2024 13:21 ‧ 16/01/2024 por Lusa

Economia

Suzuki

A empresa prevê retomar a produção na fábrica, situada na cidade de Esztergom, na Hungria, a 22 de janeiro, onde fabrica dois veículos utilitários desportivos, os modelos Vitara e S-Cross.

Os rebeldes Huthis têm realizado ataques a navios mercantes pertencentes a empresas israelitas ou que consideram estar ligadas a Israel e a Suzuki tem sofrido atrasos na entrega de motores e outras peças destinadas à sua fábrica na Hungria.

Também a Tesla vai suspender, de 29 de janeiro e 11 de fevereiro, a produção na fábrica em Grünheide, na Alemanha, devido aos ataques dos Huthis a navios no Mar Vermelho.

Trata-se de mais um sinal de que o crescimento das tensões no Médio Oriente está a perturbar as cadeias de fornecimento da indústria transformadora global, uma vez que as companhias de navegação se vêm forçadas a reencaminhar os navios que transportam produtos e componentes para a rota mais distante que passa pelo Cabo da Boa Esperança, na África do Sul.

Na quinta e na sexta-feira passada, em resposta aos ataques aos navios, os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam posições dos Huthis em pelo menos seis províncias iemenitas na, mas o grupo apoiado pelo Irão não cessou os ataques a navios na zona.

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, bem como a Austrália, Bahrein, Canadá, Países Baixos, Dinamarca, Alemanha, Nova Zelândia e a Coreia do Sul, emitiram uma declaração conjunta em que afirmam que o ataque foi efetuado no interesse da liberdade de navegação e do comércio internacional.

O Japão juntou-se mais tarde às nações que justificaram o bombardeamento, argumentando que os rebeldes Huthis continuam a impedir o direito e a liberdade de navegação no Mar Vermelho e nas águas que rodeiam a Península Arábica, e que o bombardeamento "é uma medida para impedir a escalada da situação".

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