A TAP quer que os antigos ministros Pedro Nuno Santos, Fernando Medina (que ainda está em funções) e João Galamba evitem as barras do tribunal e, por isso, respondam por escrito no âmbito do processo da ex-CEO Christine Ourmières-Widener.
A notícia é avançada pelo ECO, dando conta que, com esta medida e caso o processo avance para julgamento, os advogados da TAP evitam que o ex-ministro João Galamba, o atual secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e o ministro das Finanças, Fernando Medina, sejam interrogados diretamente no tribunal.
Contudo, o mesmo jornal lembra que são raros os casos em que o tribunal ouve ex-governantes ou ministros e, quanto acontece, a regra é que o testemunho seja presencial.
Aliás, a lei prevê governantes e deputados "gozam de prerrogativa de depor primeiro por escrito, se preferirem", estando abrangidos os "membros dos órgãos de soberania, com exclusão dos tribunais, e dos órgãos equivalentes das Regiões Autónomas".
De recordar que Christine Ourmières-Widener conta já com uma lista de 15 testemunhas que vai chamar no processo que instaurou contra a TAP. A antiga CEO reclama 5,9 milhões à TAP.
O Governo anunciou, a 6 de março, que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) tinha concluído que o acordo celebrado para a saída antecipada de Alexandra Reis da TAP era nulo e que ia pedir a restituição dos valores.
Christine Ourmières-Widener foi exonerada por justa causa, em abril de 2023, no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis, que levou à demissão de Pedro Nuno Santos e Hugo Mendes e à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea.
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