Em comunicado ao mercado, a CMVM anunciou hoje que "designou -- sob proposta da Gamma Lux Holdco, S.à.R.L. -- a Ernst & Young Audit & Associados, S.R.O.C., S.A., como perito independente para, a expensas da oferente, fixar a contrapartida mínima a oferecer naquela oferta".
Na terça-feira, a GVK Omega, que pertence à norte-americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR), notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra do controlo exclusivo sobre a Greenvolt e as suas subsidiárias.
"A operação de concentração em causa consiste na aquisição da GVK Omega SGPS Unipessoal, Lda do controlo exclusivo sobre a Greenvolt -- Energias Renováveis e subsidiárias desta", lê-se na informação disponibilizada pela AdC.
A oferta de compra da Greenvolt foi lançada em 21 de dezembro do ano passado pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux, com sede no Luxemburgo e gerido pela KKR, tendo, entretanto, sido constituída, já este ano, a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.
Em 19 de janeiro, o Conselho de Administração da Greenvolt considerou "justo" o valor oferecido pela KKR na oferta de compra do grupo português de energias renováveis, sustentando que capital acionista adicional permitirá "acelerar o plano de negócios".
"Sem prejuízo da existência de incertezas, o Conselho de Administração considera que o acesso da Greenvolt a capital acionista adicional [...], em termos que possibilitem acelerar o plano de negócios e um maior aproveitamento de oportunidades adicionais de investimento, poderia contribuir para um crescimento significativamente superior ao decorrente do atual plano de negócios da Sociedade Visada e conduzir a uma valorização da Greenvolt superior à refletida na Contrapartida", lê-se num relatório elaborado pela administração sobre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações lançada pela GVK Ómega, indiretamente detida a 100% por fundos assessorados pela KKR ou pelas suas participadas.
Relativamente ao preço de 8,3 euros por ação oferecido, o Conselho de Administração da Greenvolt entende que "é justo", tendo em conta que "representa um prémio de 95,3% face ao preço de subscrição das ações no âmbito da abertura de capital e de 47,7% face ao preço de subscrição das ações no âmbito do aumento de capital 2022".
Representa ainda "um prémio de 11,4% face à cotação do dia anterior ao da publicação do anúncio preliminar e um prémio de 32,1% face à cotação média ponderada das ações nos seis meses anteriores ao dia da publicação do anúncio preliminar", encontrando-se "em linha com os resultados das 'fairness opinions' preparadas pela Lazard e pelo Millenniumbcp, que consideram o valor justo".
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