Em comunicado hoje divulgado assinado pelas direções do Mais Sindicato, SBN - Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal e SBC - Sindicato dos Bancários do Centro, as três organizações referem que as CCAM avançaram em fevereiro com um adiantamento de 2,5% e que, apesar de não se oporem, "avisam que tal percentagem está muito aquém do necessário".
De acordo com o documento, a antecipação de um valor percentual repete o que aconteceu em 2023 e os sindicatos afetos à UGT não a rejeitam, uma vez que "beneficia os trabalhadores".
Apesar da sua aceitação, os sindicatos referem que a concordância não implica "a aceitação tácita do valor percentual para um acordo negocial", tendo insistido que a revisão salarial proposta é de 6%.
Em resposta aos sindicatos, a proposta da Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM) contrapôs um aumento para 2024 de 2,5% nas tabelas e cláusulas de expressão pecuniária, com exceção de uma revisão de 3,2% do subsídio de refeição para 11,35 euros diários, uma atualização das ajudas de custo equiparada aos montantes aprovados para a função pública e a manutenção do montante para o crédito à habitação.
A proposta foi rejeitada pelo Mais, SBC e SBN, que solicitaram a abertura da mesa negocial.
"A proposta do Crédito Agrícola é inconcebível, pois não compensa, sequer, a inflação prevista por todas as instituições para este ano -- o que foi assumido pela FENACAM na sua própria fundamentação económica", insistem os sindicatos, que consideram haver "razões mais que suficientes" para exigirem um aumento percentual "bastante superior" ao proposto pelo Crédito Agrícola.
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