O risco de pobreza da população desempregada foi cinco vezes o da população empregada em 2022, de acordo com os dados divulgados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"A taxa de risco de pobreza para a população desempregada ascendeu, em 2022, a 46,7%, significativamente superior à da população empregada, que foi de 10,0%", pode ler-se no relatório do INE.
De acordo com esses resultados, 17,0% das pessoas estavam em risco de pobreza em 2022.
Para a população reformada, a taxa de risco de pobreza situou-se nos 15,4% e para as restantes pessoas inativas foi de 31,2%.
"Em relação a 2021, a taxa de risco de pobreza apenas diminuiu para a população empregada, tendo aumentado para a população desempregada e inativa. É também na população desempregada que a intensidade da pobreza e a desigualdade na distribuição do rendimento são mais elevadas. Entre a população empregada, os dados revelam que a pobreza é menor para os indivíduos empregados no setor público e para os indivíduos muito satisfeitos com o emprego", pode ler-se.
E mais: os dados revelam uma relação positiva entre a escolaridade e a redução da pobreza: enquanto 22,6% da população que tinha concluído, no máximo, o ensino básico era pobre, o risco de pobreza foi de apenas 13,5% entre a população que tinha terminado o ensino secundário ou pós-secundário e 5,8% entre a que tinha concluído o ensino superior.
Em relação ao ano anterior, destaca-se o aumento da taxa de pobreza das pessoas que concluíram, no máximo, o ensino básico.
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