Lucros da Navigator caem 30% em 2023 para 275 milhões de euros
A Navigator registou resultados líquidos de 275 milhões de euros em 2023, uma redução de 30% em relação a 2022, adiantou o grupo, em comunicado publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
© Navigator
Economia CMVM
"Os resultados líquidos do ano registaram 275 milhões de euros, um decréscimo de 30% face a 2022, mas 29% acima da média dos últimos cinco anos", indicou a empresa.
Segundo a Navigator, o volume de negócios em 2023 foi de 1.953 milhões de euros, uma redução de 20,7% em termos homólogos, sendo "o segundo melhor resultado da história da empresa", tendo em conta que em o grupo 2022 atingiu "o máximo histórico de 2.465 milhões de euros", referiu.
Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da empresa reduziu-se em 31,9%, em termos homólogos, atingindo 502 milhões de euros.
Segundo o grupo, "para o setor de pasta e papel, 2023 foi um ano desafiante", sendo que "o primeiro semestre foi marcado por uma forte redução de preços de referência de pasta, face a máximos históricos atingidos em 2022, com quebra de procura, nomeadamente na Europa".
Além disso, indicou, nos primeiros seis meses do ano, "assistimos também à redução lenta dos 'stocks' de papel de impressão e de embalagem acumulados ao longo de 2022 em toda a cadeia de distribuição", tendo verificado "um nível de entrada de encomendas historicamente baixo nesses segmentos", que melhorou no terceiro e quarto trimestres.
Já o "segmento de papel 'tissue', com cadeias de abastecimento mais curtas e por isso com menor tendência para acumular stocks, manteve um desempenho bastante mais positivo".
Segundo a Navigator, "o valor de investimento de 2023 totalizou 187 milhões de euros", face a 113 milhões de euros em 2022.
O grupo fechou o ano de 2023 com uma dívida líquida de 490 milhões de euros, "impactada pela aquisição de uma fábrica de 'tissue' no primeiro trimestre, pela distribuição de 200 milhões de euros de dividendos no segundo trimestre, pelo volume de pagamento de impostos, que reflete o nível excecional de resultados de 2022, e pelo exigente plano de investimentos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)", indicou.
Já no que diz respeito ao quarto trimestre do ano passado, o volume de negócios do grupo ascendeu a 493 milhões, um crescimento de 2% face ao terceiro trimestre e um decréscimo de 23% face ao período homólogo.
Já o EBITDA totalizou 125 milhões de euros, mais 1% face ao terceiro trimestre e menos 32% em relação ao quarto trimestre de 2022, disse a Navigator.
Quanto às perspetivas para este ano, o grupo disse que no negócio da pasta prevê "a continuação de uma recuperação progressiva e gradual", mas com prudência.
"No segmento de papel, é esperada para o primeiro trimestre uma continuação da evolução positiva da carteira de encomendas, que já assistimos, a partir de setembro de 2023", destacou.
Segundo o grupo, "é previsível que a melhoria da procura, redução da oferta na Europa, e a forte pressão nos custos, sustentem a inversão da queda de preços de papel na Europa e em alguns mercados internacionais".
A Navigator disse ainda que na Europa "concretizam-se anúncios de reduções temporárias ou definitivas de capacidade no setor papeleiro", indicando que "em 2023 e 2024 quase 400 mil toneladas de capacidade de produção anual de UWF sairão do mercado europeu".
"Esta saída de capacidade resulta quer de anúncios de fecho permanente de operação, quer de anúncio de conversão da capacidade para grades de 'packaging'", destacou.
[Notícia atualizada às 19h59]
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