"O modelo de financiamento dos media, resultante da quebra do mercado publicitário, é identificado pela maioria dos jornalistas inquiridos (86%) como o maior problema que o setor dos media atravessa em Portugal", indicou, em resultado a Sonda +M.
Os resultados da primeira edição deste barómetro indicam que a precariedade laboral do setor é apontada por 62% dos inquiridos como o principal problema, seguindo-se a dificuldade em tornar pagos os conteúdos 'online' (57%).
Depois surgem a concentração em grandes grupos (14%), a diminuição das audiências (14%) e a falta de qualidade do jornalismo (14%).
No que se refere a um eventual modelo de financiamento público do setor, 90% dos inquiridos defendem concordar, com 38% a apontar como melhor opção os 'vouchers' de assinatura para os cidadãos.
As restantes opções mais votadas são as que defendem um apoio via orçamento do Estado (19%) ou com base na consignação de uma parte do IRS -- Imposto sobre o Rendimento de pessoas Singulares (19%).
Por sua vez, 14% concordam, mas pedem um outro modelo, enquanto 10% dos jornalistas discordam.
Questionados sobre os 30 debates que as televisões realizaram no âmbito das eleições legislativas, 57% dos inquiridos consideram que estes não foram úteis para esclarecer os portugueses.
"A larga maioria (75%) que reprova a iniciativa referiu que os debates não foram esclarecedores e as televisões dedicaram demasiado tempo a comentá-los", destacou.
Já dos 43% que os aprova, mais de metade (56%) disse que nos debates foi possível conhecer as propostas de cada partido.
Para a realização desta análise foram inquiridos 50 jornalistas em cargos de edição/chefia de mais de 30 órgãos de comunicação social nacional.
O período de auscultação decorreu entre 27 de fevereiro e 04 de março, tendo-se registado uma taxa de resposta de 42%.
A Sonda é uma iniciativa que pertence ao +M, que, por sua vez, integra o Eco, e da Central de Informação.
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